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Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Foto: Nato Manzolli/WikiCommons

Estufa Fria do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra reabre a 16 de novembro

07.11.2024

No dia 16 de Novembro, a Estufa Fria do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra volta a abrir ao público, depois de anos de reparações na infraestrutura, iluminação e abastecimento de água.

“Além destas mudanças, que procuraram melhorar as condições e a experiência de visita, a Estufa Fria tem também novas espécies de plantas e novos conteúdos expositivos que contam a história da flora que vive neste espaço”, segundo um comunicado divulgado hoje pela Universidade de Coimbra.

Esta estufa fria, situada no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, é habitada por plantas adaptadas a ambientes húmidos e sombrios, como o xaxim ou samambaiaçu, um feto arbóreo oriundo do Sul do Brasil, Uruguai e Nordeste da Argentina, que pode chegar aos 10 metros de altura.

Outra espécie que lá mora é a cica-africana, nativa de Madagáscar e da Costa Oriental Africana, que foi colhida por Jorge Paiva, botânico da Universidade de Coimbra, em 1964, na cidade moçambicana de Quelimane e trazida para Coimbra. 

A flora presente neste espaço é rodeada por uma cascata e um pequeno riacho que atravessa toda a estufa.

Projetada pelo arquiteto e cineasta português Cottinelli Telmo, a Estufa Fria foi construída no final da década de 40 do século XX, sob a direção do botânico, professor e taxonomista português Abílio Fernandes que, na altura, era diretor do Jardim Botânico.

A reabertura deste espaço ao público marca o encerramento das celebrações dos 250 anos da fundação do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.

A partir da data de reabertura, a Estufa Fria pode ser visitada gratuitamente de segunda-feira a domingo, entre as 09h00 e as 17h30 (horário de inverno, atualmente em vigor).

No Jardim Botânico pode visitar também a Estufa Grande, construída no séc. XIX e um dos edifícios mais antigos de arquitetura em ferro em Portugal. Ali existem plantas tropicais e subtropicais, como orquídeas, plantas carnívoras e fetos.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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