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Foto: Epinheiro/Wiki Commons

Cinco espécies para procurar na maré baixa em Tróia

29.08.2017

Um dos pontos imperdíveis do Estuário do Sado fica à saída do cais dos ferries, em Tróia. Raquel Gaspar, da Ocean Alive e da campanha “Mariscar SEM Lixo”, dá-lhe cinco sugestões de espécies para procurar.

 

Quem chegar a Tróia é apenas preciso percorrer o cais dos ferries e virar à esquerda, andando entre 100 e 200 metros. Aqui, na margem do rio Sado e bem perto da Reserva Natural do Estuário do Sado, podemos encontrar uma zona de pradarias marinhas que serve de maternidade para inúmeras espécies de peixes e invertebrados.

Para aumentar a probabilidade de uma caça ao tesouro com sucesso, procure este local quando a maré está baixa.

Aqui ficam cinco espécies que poderá procurar observar:

 

Cenoura-do-mar (Veretillum cynomorium):

Foto: Parent Géry/Wiki Commons

São cnidários como as anémonas, os corais e as alforrecas. Estes seres de cor laranja são bioluminescentes. Se lhes tocarmos à noite emitem luz.

 

 

 

 

 

Vinagreira ou lebre-do-mar (Aplysia punctata):

Foto: Parent Géry/Wiki Commons

 

São um tipo de lesma-do-mar que se alimenta de algas.

 

 

 

 

Caranguejo-verde (Carcinus maenas):

Foto: D. Hazerli/Wiki Commons

 

São um caranguejo predador voraz.

 

 

 

 

Pilrito-comum (Calidris alpina):

Foto: Marek Szczepanek/Wiki Commons

Aves limícolas que se alimentam na vasa e cujo canto se mistura com a brisa e a maresia do estuário.

 

 

 

 

Foto: Wiki Commons

Sebas (Zostera marina): plantas aquáticas que fazem lembrar umas ervas e que são o habitat berçário da vida marinha do estuário do Sado.

 

 

 

 

 

 

 

 

E isto é apenas o começo da exploração naturalista do Estuário do Sado. Raquel Gaspar lembra que aqui vivem garças, flamingos, camarões, búzios, golfinhos e cardumes de peixes-rei, sargos, tainhas, salemas. Além disso podemos tentar procurar ovos de raia e admirar o pôr-do-Sol com o maciço da serra da Arrábida como paisagem.

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Descubra aqui o que está a ser feito para limpar o Estuário do Sado e melhorar a qualidade de vida das espécies que dele dependem.

Conheça Marília Santos, ilustradora científica que se dedicou às espécies da zona de maré em Portugal.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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