Um dos pontos imperdíveis do Estuário do Sado fica à saída do cais dos ferries, em Tróia. Raquel Gaspar, da Ocean Alive e da campanha “Mariscar SEM Lixo”, dá-lhe cinco sugestões de espécies para procurar.
Quem chegar a Tróia é apenas preciso percorrer o cais dos ferries e virar à esquerda, andando entre 100 e 200 metros. Aqui, na margem do rio Sado e bem perto da Reserva Natural do Estuário do Sado, podemos encontrar uma zona de pradarias marinhas que serve de maternidade para inúmeras espécies de peixes e invertebrados.
Para aumentar a probabilidade de uma caça ao tesouro com sucesso, procure este local quando a maré está baixa.
Aqui ficam cinco espécies que poderá procurar observar:
Cenoura-do-mar (Veretillum cynomorium):
São cnidários como as anémonas, os corais e as alforrecas. Estes seres de cor laranja são bioluminescentes. Se lhes tocarmos à noite emitem luz.
Vinagreira ou lebre-do-mar (Aplysia punctata):
São um tipo de lesma-do-mar que se alimenta de algas.
Caranguejo-verde (Carcinus maenas):
São um caranguejo predador voraz.
Pilrito-comum (Calidris alpina):
Aves limícolas que se alimentam na vasa e cujo canto se mistura com a brisa e a maresia do estuário.
Sebas (Zostera marina): plantas aquáticas que fazem lembrar umas ervas e que são o habitat berçário da vida marinha do estuário do Sado.
E isto é apenas o começo da exploração naturalista do Estuário do Sado. Raquel Gaspar lembra que aqui vivem garças, flamingos, camarões, búzios, golfinhos e cardumes de peixes-rei, sargos, tainhas, salemas. Além disso podemos tentar procurar ovos de raia e admirar o pôr-do-Sol com o maciço da serra da Arrábida como paisagem.
[divider type=”thick”]Saiba mais.
Descubra aqui o que está a ser feito para limpar o Estuário do Sado e melhorar a qualidade de vida das espécies que dele dependem.
Conheça Marília Santos, ilustradora científica que se dedicou às espécies da zona de maré em Portugal.