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ramos e folhas de uma árvore aparecem contra o céu
Foto: Helena Geraldes/Wilder

As paisagens portuguesas vão ouvir-se na rádio

01.04.2016

Chama-se “Paisagens” e é um novo programa da RDP – Antena 2 onde se vão misturar sons da natureza e obras musicais que neles se inspiraram, ao domingo e à quarta-feira.

 

O primeiro programa pretende transportar os ouvintes, durante cerca de uma hora, numa “viagem pelas paisagens agrícolas do sul de Portugal, com destaque para os sistemas extensivos de sequeiro”. A estreia é já no domingo, dia 3, pelas 22h00, com repetição na quarta-feira às 13h00.

Segue-se, nos dias 10 e 13 de Abril, às mesmas horas, “um percurso pelas estepes cerealíferas do sul guiados por sons primaveris e estivais”.

E ainda este mês, as paisagens do sul vão continuar a fazer-se ouvir, com visitas aos campos agrícolas e aos olivais e mais tarde aos montados de sobro e azinho.

 

 

A ideia é fazer “uma viagem de descoberta, em que se cruzam sugestões paisagísticas com cantos de aves, zumbidos de insectos, coros de anfíbios e outros sons naturais, mas também a evocação de imagens e aromas que nos habituámos a associar a determinadas paisagens”, descreve a organização desta nova série, que vai estar integrada na rubrica Caleidoscópio.

Ao mesmo tempo, os responsáveis de “Paisagens” querem “confrontar reportórios conhecidos da música erudita europeia com outros menos explorados, estabelecendo pontes entre eles e apresentando-os sob o ângulo da temática paisagística escolhida”.

À frente dos novos programas estão dois apresentadores, que juntam conhecimentos diferentes ao gosto pela Natureza.

João Eduardo Rabaça está ligado à Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, onde pertence ao Departamento de Biologia e lidera também o LabOr-Laboratório de Ornitologia; Ana Telles é pianista e está ligada à Escola de Artes, da mesma universidade.

“Paisagens” vai passar na rádio até Junho, último mês da Primavera.

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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