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As 10 actividades que não pode perder na Noite dos Investigadores

16.09.2015

Na noite de 25 de Setembro, dezenas de investigadores estarão à sua espera no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, para lhe mostrar os bastidores da ciência, abrindo portas e gavetas. De entre as mais de 80 actividades, seleccionámos estas dez. Mesmo a não perder.

 

Tudo vai acontecer muito rápido. Tem cinco horas (das 19h00 às 00h00) para mergulhar no mundo dos cientistas que estudam anfíbios, aves, dinossauros, peixes, líquenes e mamíferos. Para perguntar, mexer e ir à procura daquilo que lhe desperta curiosidade em 80 actividades dinamizadas por cerca de 60 centros de investigação, laboratórios de estado, associações científicas, universidades e outras entidades promotoras de Ciência.

A Noite Europeia dos Investigadores vai acontecer, em simultâneo, em várias cidades europeias, reunindo milhares de investigadores que querem mostrar o seu trabalho e convidar os cidadãos a participar em experiências científicas. Este evento, promovido e financiado pela Comissão Europeia, pretende aproximar a Ciência da Sociedade. O tema desta sua 10ª edição é “Ciência Cidadã” e é organizado pelo Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MNHNC), em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

As actividades decorrem no museu e no Jardim do Príncipe Real, ali bem perto. Aqui ficam, então, as escolhas Wilder.

 

Vida Nocturna no Jardim do Museu

Venha com os investigadores fazer um passeio de História Natural pelo Jardim Botânico durante o crepúsculo e conheça melhor os animais e plantas adaptados à vida nocturna. Conheça as fascinantes capacidades que permitem a estes seres vivos explorar o mundo à noite, curiosidades sobre o seu modo de vida, e ainda como é que os investigadores conseguem estudar estes seres com comportamentos tão distintos.

Esta actividade precisa de inscrição prévia, que poderá fazer no dia do evento, no átrio do Museu. O número máximo de participantes é 50.

Quando: 20h00-21h00

Onde: Jardim Botânico do MNHNC

Investigadores: Miguel Rosalino, Jorge Palmeirim, Adrià López-Baucells, Christoph Meyer, Albano Soares, Ana Leal, Ricardo Martins, Ivo Meco

Organização: cE3c – Centre for Ecology, Evolution and Environmental Changes/Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

 

10 Espécies, 10 Tipos

Nesta actividade poderá ver de perto os exemplares que estiveram na base da descrição de 10 espécies de animais e que estão guardados nas colecções do Museu. Será discutido com o público o trabalho que está na base da descrição de novas espécies.

Quando: 19h00-00h00

Onde: MNHNC

Investigadores: Alexandra Cartaxana, Cristiane Bastos-Silveira, Diana Carvalho, Luís Filipe Lopes, Luís Ceríaco, Roberto Keller, Judite Alves

Organização: MUHNAC/Universidade de Lisboa

 

Cem Traças

Conheça o projeto de ilustração científica “Cem Traças” realizado com borboletas nocturnas da colecção de insectos do Museu. Nesta actividade serão apresentadas 10 borboletas nocturnas que fazem parte deste projecto, sendo possível observar as ilustrações assim como os exemplares retratados. Haverá ainda jogos para crianças com pequenos prémios.

Quando: 19h00-00h00

Onde: MNHNC

Investigadores: Luís Filipe Lopes, Pedro Araújo, Tetyana Chkyrya

Organização: MUHNAC/Universidade de Lisboa

 

Biodiversidade dos Charcos

Saiba mais sobre o que são os charcos, que animais e plantas lá vivem, a sua importância e ameaças. Poderá observar uma amostra de água de um charco com uma lupa binocular e identificar as espécies que observar. Para isso terá a ajuda de guias e chaves de identificação da Campanha Charcos com Vida.

Quando: 19h00-21h00

Onde: MNHNC

Investigadores: José Teixeira, Ana Ferreira

Organização: Campanha Charcos com Vida e CIIMAR/UP – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental/Universidade do Porto

 

Dez Dinossáurios Antes das Aves

A partir dos dinossáurios da exposição “Allosaurus: um dinossáurio, dois continentes?”, investigadores vão explicar-lhe tudo sobre a derivação para as aves a partir de um grupo de dinossáurios terópodes: bípedes, geralmente carnívoros, mas alguns omnívoros. Afinal as aves são descendentes de dinossáurios ou são mesmo um grupo de dinossáurios que escapou à extinção de há 66 milhões de anos? Esta actividade precisa de inscrição prévia, que poderá fazer no dia do evento, no átrio do museu. O número máximo de participantes é 20.

Quando: 22h30-23h00

Onde: MNHNC

Investigadores: Liliana Póvoas

Organização: MUHNAC/Universidade de Lisboa

 

Orthopter-ON

Sabia que também há grilos italianos? E dão cá umas cantigas… Venha identificar diferentes espécies de gafanhotos e grilos com a ferramenta de identificação Orthopter-ON. Nesta actividade vai poder observar à lupa as características que distinguem cerca de 30 espécies de gafanhotos e grilos conservados em resina acrílica. A correcta identificação da espécie vai abrir portas a mais conhecimento sobre este fascinante grupo de insectos.

Quando: 19h00-00h00

Onde: Jardim do Príncipe Real

Investigadores: Eva Monteiro, Renata Santos

Organização: MUHNAC/Universidade de Lisboa e Tagis

 

Sensores da Natureza

Descubra a elevada diversidade dos líquenes e briófitos no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa e a sua importância como bioindicadores.

Esta actividade precisa de inscrição prévia, que poderá fazer no dia do evento, no átrio do Museu. O número máximo de participantes é 25.

Quando: 19h00-20h00

Onde: Jardim Botânico do MNHNC

Investigadores: Palmira Carvalho, César Garcia

Organização: MUHNAC/ULisboa

 

Das características funcionais das plantas aos serviços prestados pelos ecossistemas

Nesta visita guiada pelo Jardim Botânico conheça quais as características das plantas que definem a sua adaptabilidade e competitividade. Descubra qual a sua relação com os ecossistemas de onde são originárias.

Esta actividade precisa de inscrição prévia, que poderá fazer no dia do evento, no átrio do Museu. O número máximo de participantes é 15.

Quando: 19h00-20h00

Onde: Jardim Botânico do MNHNC

Investigadores: Manuel João Pinto

Organização: MUHNAC/ULisboa

 

Quizz “Quem Quer Ser um Naturalista Amador?”

Este é um desafio para saber que espécies portuguesas consegue identificar. O jogo faz-se por equipas que têm responder a um quizz sobre a biodiversidade nacional, ficando a conhecer melhor as espécies que ocorrem no nosso país e os investigadores que as estudam. A equipa vencedora ganhará um prémio simbólico.

Quando: 22h00-00h00

Onde: MNHNC

Investigadores: Patrícia Tiago, Filipe Ribeiro e Tiago Ferreira

Organização: Biodiversity4all – Associação Biodiversidade Para Todos

 

Animais Marinhos. O que sabe sobre eles?

Este é mais um jogo, desta vez sobre os animais marinhos que vivem na costa portuguesa e que são explorados pela pesca. Há um jogo de tabuleiro, “Apanha o Peixe”, onde terá de relacionar o barco, o tipo de arte de pesca e o habitat das espécies. Depois há um espaço de artes plásticas, com actividades de pintura, desenho e origami para aprender a anatomia externa dos peixes.

Quando: 19h00-00h00

Onde: MNHNC

Investigadores: Marta Rufino, Andreia Silva, Sílvia Lourenço, Sílvia Rodriguez, Rogélia Martins, Cristina Nunes, Eduardo Soares, Ana Costa, Bárbara Pereira, Teresa Moura, Aida Campos, Marta Nogueira

Organização: IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera

 

[divider type=”thin”]Conheça aqui o programa completo com as mais de 80 actividades.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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