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Foto: Cervas

Mais de 40 animais selvagens serão devolvidos à natureza este mês

01.07.2016

São 45 os animais selvagens que estão prontos para regressar à liberdade, depois de terem sido atropelados, mantidos em cativeiro ou de terem caído do ninho. Durante o mês de Julho, o CERVAS vai devolver os animais em Coimbra, Guarda, Viseu e Aveiro.

 

As libertações começam hoje, 1 de Julho, com seis cegonhas-brancas que serão devolvidas à natureza na Mata Nacional do Choupal e uma coruja-do-mato na Escola Superior Agrária de Coimbra, segundo um comunicado do Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS), de Gouveia, enviado à Wilder.

 

 

No dia 7 de Julho uma coruja-do-mato será libertada no Vale do Rossim (Gouveia) e a 9 de Julho será a vez de um milhafre-preto, no Luso, Mealhada. Entre os outros locais previstos para as libertações estão o Parque Natural da Serra da Estrela (15 de Julho, o dia do aniversário desta área protegida) e Fornos de Algodres (26 de Julho, o Dia dos Avós).

A maior parte dos animais são aves, especialmente rapinas nocturnas como corujas-do-mato, mochos-galegos ou corujas-das-torres. Mas também há rapinas diurnas como os milhafres-pretos ou os tartaranhões-caçadores e outros grupos como as cegonhas-brancas e os andorinhões. Segundo o CERVAS, “uma das principais causas de ingresso destes animais foi a queda precoce dos ninhos mas também há situações de atropelamento, cativeiro ilegal e colisões”.

 

 

O CERVAS é uma estrutura gerida pela Associação ALDEIA desde 2009 que se dedica à recuperação de animais selvagens e à educação ambiental e está localizado em Gouveia, no Parque Natural da Serra da Estrela.

Desde o início de 2016 ingressaram neste centro um total de 302 animais, a maioria pela mão do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR. “As principais causas de ingresso são as quedas do ninho e o cativeiro ilegal”.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Se quiser ajudar os animais que estão em recuperação no CERVAS participe na campanha de apadrinhamento de crias que está a decorrer. Saiba mais aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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