PUB

Como são os ovos de águia-real?

02.05.2025

Nesta primavera, a Wilder publica a série “Como são?” que lhe fala dos ovos de algumas das aves que nesta estação do ano nidificam no nosso país. As belíssimas ilustrações são de Lúcia Antunes, professora e ilustradora do Grupo do Risco.

A águia-real (Aquila chrysaetos) é, segundo o portal Aves de Portugal, a maior das águias portuguesas. “A grande envergadura desta espécie só é ultrapassada pelas do grifo e do abutre-preto.”

Águia-real. Foto: Jarkko Järvinen/WikiCommons

Mas apesar do seu tamanho, não é uma ave fácil de ver. Vive em zonas remotas e inóspitas do interior do país.

Além disso, é uma espécie Em Perigo de extinção, sendo rara.

A águia-real ocorre durante todo o ano no nosso país, “sendo mais fácil a sua observação no início da Primavera, quando efectua as paradas nupciais”.

Segundo o livro “Aves de Portugal – Ornitologia do Território Continental”, esta águia faz ninhos em fragas e costuma reutilizá-los em vários anos sucessivos. “Alguns destes ninhos mantêm-se durante muitos anos, podendo atingir dois metros de diâmetro e metro e meio de altura”, segundo os autores do livro.

Ovo de águia-real. Ilustração: Lúcia Antunes

A época de reprodução começa em Fevereiro, mês marcado pelas paradas nupciais.

Geralmente, a águia-real põe dois ovos em Março e a incubação dura entre 43 e 45 dias.

Ovo de águia-real. Ilustração: Lúcia Antunes

As crias ficam prontas para voar ao fim de 65 a 70 dias.


Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

Don't Miss