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Figueira dos Amores, Coimbra. Foto: Ana Rute

Figueira dos Amores de Coimbra fica em segundo lugar no Concurso Europeu da Árvore do Ano

19.03.2025

Depois de ter sido eleita “Árvore do Ano” em Portugal, esta Figueira da Austrália plantada junto à Fonte dos Amores no século XIX nos Jardins da Quinta das Lágrimas, em Santa Clara, Coimbra, ficou em segundo lugar numa votação a nível europeu, na qual concorreu com outras 14 árvores.

O primeiro lugar foi, pela quarta vez consecutiva, para a Polónia que ganhou o concurso com uma faia que se encontra no coração das colinas de Dalkowskie.

Faia da Polónia. Foto: Marcin Kopij

Esta árvore conquistou 147,553 votos.

A figueira dos Amores, de Coimbra – uma figueira-da-Austrália plantada no século XIX -, conquistou o segundo lugar com 43,427 votos.

O terceiro lugar foi para o pinheiro de Juan Molinera, de Espanha, com 36,873 votos.

Na lista das 15 árvores a concurso estavam árvores ainda da Chéquia, Eslováquia, Ucrânia, Letónia, Croácia, Reino Unido, Lituânia, Itália, Países Baixos, França, Hungria e Bélgica.

No total, o concurso Árvore Europeia do Ano recebeu 401,262 votos.

O anúncio foi feito pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC), representante em Portugal do Concurso Árvore Europeia do Ano, que promove a importância dos serviços de ecossistemas prestados pelas árvores e também o seu grande valor no contexto do património cultural e natural da Europa.

Todos os anos o concurso procura não a árvore mais bonita, mas aquela que protagoniza a melhor história de ligação à vida e ao trabalho das pessoas da comunidade onde se encontra.

A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar no Parlamento Europeu, hoje, dia 19 de março.

“Numa altura em que a Europa enfrenta desafios geopolíticos e preocupações com a sua segurança, a conservação da natureza tende a ser vista como um tópico menos urgente”, comentou o eurodeputado Luděk Niedermayer, que tem acolhido este concurso. “No entanto, é precisamente em alturas como esta que não nos devemos esquecer aquilo que nos une e que devemos proteger – o nosso ambiente natural”. Para este responsável, esta iniciativa “recorda-nos que a proteção do ambiente não é um assunto marginal, mas uma questão fundamental para o nosso futuro”.

O Concurso Árvore Europeia do ano é promovido pela Environmental Partnership Association e pela Partnership Environmental Foundation, com o apoio da European Landowners’ Organisation.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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