O leitor João Martinho encontrou uma aranha em Novembro em Sesimbra e pediu para saber a espécie. Pedro Sousa responde.
“Ela já aqui está há meses, vive aqui à porta de casa, na Fonte Esquerda, em Sesimbra perto do castelo, um local ermo. Tem uma teia enorme numa árvore, só aparece ao final da tarde. É lindíssima”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma aranha-de-cruz, em princípio, uma aranha-de-cruz-pálida (Araneus pallidus).
Espécie identificada por: Pedro Sousa, biólogo com vasta experiência na identificação de espécies de aranhas autóctones de Portugal e especialista do grupo Aranhas e Escorpiões da IUCN SSC.
É uma Araneus e, em princípio, é uma Araneus pallidus.
Como já expliquei numa das identificações anteriores, não é possível separar apenas pelas fotos as duas Araneus, A. pallidus e A diadematus.
No entanto, e apesar das fotos ventrais não serem absolutamente conclusivas, creio que o epígeneo apresenta um escapo curto e esse é característico da Araneus pallidus. Gostaria que estivesse bem focado para conseguir ter a certeza 🙂
Como diz o leitor, as fêmeas adultas destas aranhas constroem teias enormes espantosas.
As aranhas-de-cruz são assim chamadas porque as pequenas marcas que ostentam formam o desenho de uma aranha. Todavia, as duas espécies são difíceis de distinguir por fotografia.
Esta é uma aranha que se encontra muitas vezes em jardins e florestas por todo o país, sendo a aranha-de-cruz-cosmopolita a mais comum das duas. As aranhas-de-cruz vivem em zonas com arbustos e árvores e alimentam-se de vários insectos, como moscas, vespas, abelhas ou borboletas.
Agora é a sua vez.
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