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Que espécie é esta: gaivota-d’asa-escura

12.11.2024

O leitor Fábio Brandi Torres fotografou esta gaivota com anilha a 13 de Outubro na Apúlia e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias responde.

“Avistei uma gaivota com uma anilha em Apúlia, Portugal, no dia 13 de outubro. Estou anexando uma foto da gaivota para seus registos. Por favor, me avise se precisar de mais detalhes”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma gaivota-d’asa-escura (Larus fuscus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é uma gaivota de três anos que, enquanto cria, foi reabilitada no centro escocês de recuperação de animais da organização Scottish Society for Prevention of Cruelty to Animals. Depois de ter sido anilhada foi libertada no Estuário de Clyde em Troon, na costa escocesa de Ayrshire.

Com a ajuda de Gonçalo Elias, a Wilder contactou Iain Livingstone e a equipa Clyde RG que ficaram muito satisfeitos com o registo do leitor Fábio Torres. “Este é o primeiro registo que temos (desta ave), por isso é fantástico saber que a gaivota conseguiu fazer a sua primeira migração com sucesso”, respondeu Iain Livingstone.

Segundo Gonçalo Elias, “a gaivota-d’asa-escura é uma gaivota relativamente grande. A sua plumagem varia bastante consoante a idade. Os adultos, que são os mais fáceis de identificar, apresentam um contraste entre as partes superiores, de tom cinzento-escuro, e as partes inferiores, que são brancas, tal como a cabeça. As patas e o bico são amarelos. Já os juvenis e muitos imaturos são essencialmente castanhos, com o bico escuro e as patas rosadas”.

“Sendo aves muito gregárias, as gaivotas juntam-se frequentemente em grandes bandos, os quais podem ser mistos, isto é, congregar várias espécies diferentes. Assim, a observação atenta de um bando grande constitui uma boa oportunidade para comparar as diferentes espécies e idades e também para procurar alguma espécie mais rara.”

“Esta gaivota tem sido bastante estudada com recurso à anilhagem e existem numerosos projectos de marcação com anilhas coloridas. Assim, quando olhamos para um bando destas aves, não é raro encontrarmos alguma com uma anilha colorida na pata. Quando assim é, vale a pena tentar ler o código e enviar para o responsável do projecto, pois assim ficaremos a conhecer a história de vida da ave.”

Equipa Wilder

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