O leitor João Duarte quis saber qual a espécie que a sua irmã encontrou a 21 de Abril em Samora Correia e quis saber qual a espécie a que pertence. Gonçalo Elias responde.
“A minha irmã gravou uma ave que nunca tinha visto antes, em Samora Correia, a 21 de Abril pelas 9:00 da manhã. Provavelmente entrou pela chaminé da lareira e ficou presa na nossa sala. Entretanto ela abriu uma janela e o animal saiu! Após uma pequena pesquisa, percebi que devia ser um noitibó, mas a sua penugem era diferente das espécies que encontrei que estão presentes em Portugal”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de um andorinhão-pálido (Apus pallidus).
Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.
“Não é um noitibó e sim um andorinhão, mais concretamente um andorinhão-pálido Apus pallidus”, explicou Gonçalo Elias.
Os andorinhões-pálidos medem entre 16 e 18 centímetros. A envergadura de asa é de 39 a 44 centímetros.
Alimentam-se de insectos voadores e fazem ninhos em cavidades, de preferência perto do litoral. Há grandes colónias em Lisboa, Setúbal e Faro. A incubação dura 21 dias e as aves abandonam o ninho aos 46 dias de idade.
O mais provável é confundir esta espécie com o andorinhão-preto. A forma de os distinguir é que o pálido tem as asas mais largas e o corpo mais arredondado. Além disso não é tão escuro.
Agora é a sua vez.
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