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Peixe da semana: salmonete

23.02.2024

Todas as sextas-feiras chega à Wilder um novo peixe marinho, criado pelo biólogo e ilustrador naturalista Pedro Salgado, dando forma a um catálogo ilustrado de espécies fascinantes.

Ilustração: Pedro Salgado

Nome comum: salmonete

Nome científico: Mullus surmuletus 

Técnicas usadas: Grafite, tinta da china, pó de maquilhagem, guache 

Mais sobre esta espécie: O salmonete, da família Mullidae, varia, em média, entre os 20 e os 25 centímetros de comprimento e pode pesar até um quilo. Tem o dorso carmesim e ventre rosado, estriado por riscas amareladas, que se estendem longitudinalmente ao longo do corpo. Os barbilhos, órgãos sensoriais que usa para vasculhar a areia do fundo marinho e descobrir as presas, são maiores dos que as barbatanas peitorais.

Este peixe, que se reúne em cardumes, prefere os fundos rochosos, arenosos e lodosos e costuma refugiar-se pertos das reentrâncias formadas pelos rochedos junto à areia.

Reproduz-se de Maio a Julho, no oceano Atlântico, e de Março a Julho, no Mar Mediterrâneo. Os ovos e as larvas são pelágicos, por natureza, e os juvenis permanecem nas imediações da coluna de água e só se mudam para as profundezas marinhas quando atingem a maioridade.


Saiba mais aqui sobre a série “Peixe da Semana”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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