Coruja-das-torres. Foto: Lubos Houska/WikiCommons

Seis sugestões de prendas de Natal que ajudam a natureza

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Se ainda lhe faltam prendas de Natal, a Wilder deixa-lhe seis sugestões de presentes para amantes da natureza e que ajudam projectos de conservação e investigação em Portugal e não só.

Oferecer uma gaveta entomológica com o nome gravado:

No Museu Nacional de História Natural e da Ciência, um grupo de investigadores está a organizar uma campanha de angariação de fundos para conseguir transferir a colecção de cerca de 4.000 cigarras, a maior de Portugal, para novas gavetas entomológicas, onde estarão a salvo de pragas e pestes.

São necessárias 25 gavetas novas para acomodar os espécimes prioritários. Cada gaveta pode guardar até 50 espécimes dos maiores e até aos 100 dos mais pequenos.

Neste Natal, ofereça uma gaveta entomológica com direito ao nome gravado do “padrinho” por 60 euros.

Pode fazer a transferência por MBWay (914684984).

Oferecer uma caixa-ninho:

Caixa-ninho para aves numa árvore. Foto: Benjamin Balazs/Pixabay

Os meses de Novembro a Janeiro são a melhor altura do ano para a colocação de caixas-ninho para aves como chapins, carriças, trepadeiras ou pica-paus. 

Há várias organizações que pode contactar para adquirir uma caixa-ninho. A associação Vita Nativa é uma delas. Pode oferecer caixas-ninho para chapins (25 euros) ou para poupas e estorninhos (30 euros).

Além disso, pode contactar a associação 30POR1LINHA.

Apadrinhar um animal selvagem nos centros de recuperação de Olhão ou Gouveia:

Coruja-das-torres. Foto: Lubos Houska/WikiCommons

Ofereça um presente diferente enquanto contribui para a recuperação de um animal selvagem. Este ano, tal como em anos anteriores, os dois centros de recuperação de fauna selvagem geridos pela associação ALDEIA – o RIAS (Olhão) e o CERVAS (Gouveia) – organizam uma campanha de Natal conjunta. O objectivo é angariar fundos para a manutenção e gestão dos dois centros que recebem centenas de animais selvagens.

Há seis espécies que poderá “oferecer”: águia-d’asa-redonda (Buteo buteo), peneireiro-comum (Falco tinnunculus), milhafre-preto (Milvus migrans), mocho-galego (Athene noctua), coruja-do-mato (Strix aluco) e coruja-das-torres (Tyto alba).

Os dois centros oferecem duas modalidades de apadrinhamento que pode oferecer: o simples (35 euros) inclui o certificado de apadrinhamento em formato digital, um boletim informativo sobre a espécie apadrinhada e a possibilidade de assistir à devolução à natureza de um animal da espécie apadrinhada. A outra modalidade (“super-padrinho”), no valor de 50 euros, inclui também o certificado de apadrinhamento impresso, dois brindes e o convite para uma visita guiada às instalações do centro.

Oferecer vouchers de apadrinhamento para animais em recuperação no CERAS (Castelo Branco):

Bufo-real (Bubo bubo). Foto: indygnome/Wiki Commons

Este Natal são nove os animais a precisar de padrinhos no CERAS – Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco, gerido pela associação Quercus: rola-turca – Classe 0 (5€), morcego-rabudo – Classe 0 (5€), pato-real – Classe 1 (25€), coruja-do-mato – Classe 1 (25€), ouriço-cacheiro – Classe 1 (25€), cegonha-branca – Classe 3 (60€), bufo-real – Classe 3 (60€), abutre-preto – Classe 4 (100€) e grifo – Classe 4 (100€).

Ou então pode escolher entre cinco vouchers de apadrinhamento, com valores diferentes: 5€, 25€, 40€, 60€ ou 100€.

Aqui poderá encontrar também outras possibilidades de apadrinhamento nos outros dois centros de recuperação da Quercus, em Santo André e em Montejunto.

“O apadrinhamento de um animal é uma forma original de conhecer e colaborar na preservação de diferentes espécies de fauna selvagem. O padrinho torna-se, desta forma, um membro activo na dinamização da recuperação de animais selvagens em Portugal”, explica a Quercus.

Apadrinhe um lobo-ibérico:

lobo ibérico
Lobo ibérico conservado no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa. Foto: Joana Bourgard

E por que não oferecer a alguém a possibilidade de ser o padrinho de um lobo-ibérico? A sugestão vem do Centro de Recuperação do Lobo-ibérico (CRLI), na Malveira. Neste momento há oito lobos residentes neste Centro disponíveis para apadrinhamento: Arada, Freita, Gerês, Montesinho, Bolota, Gardunha, Marão e Nogueira.

O pacote de apadrinhamento inclui um certificado, uma fotografia do lobo apadrinhado, um cartão de padrinho e um vale de visita ao CRLI.

O apadrinhamento individual tem um custo de 40 euros; a modalidade para grupos e famílias (até 10 elementos) é de 50 euros.

Ofereça uma t-shirt ou sweater e apoie projectos de conservação marinha:

Oceanos. Foto: Mobibit/Pixabay

A plataforma SeaTheFuture, criada por portugueses, está a trabalhar para captar financiamento de pessoas de todo o mundo para projectos de conservação criteriosamente seleccionados.

Uma das formas de ajudar é adquirindo produtos sustentáveis da sua loja.

Actualmente são oito os projectos na plataforma SeaTheFuture: SWORD Indian Ocean Humpbakc Dolphins (projecto da Sea Search na África do Sul para conservar golfinhos-corcunda); Le Pétrels (projecto da SEOR na ilha da Reunião para conservar petréis, aves marinhas em perigo); Programa Tatô (projecto da Associação programa Tatô em São Tomé e Príncipe para conservar tartarugas marinhas); Plan Bem for Mangroves (projecto da FoProBim no Haiti para salvar os mangais vermelhos e negros); Galapagos Whale Shark Project (do Projecto Tubarões-baleia das Galápagos nas ilhas Galápagos para conservar tubarões-baleia); Mediterranean Monk Seals (da Akdeniz Koruma Dernegi na Turquia para conservara única foca nativa do Mediterrâneo); o SharkCam (da Marine Research Foundation na Malásia para reduzir a captura acidental de tubarões e raias) e o Coral Connect (da Fundacíon Malpelo y Otros Ecosistemas Marinos na Colômbia para restaurar corais).

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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