O Principado das Astúrias libertou, a 17 de Novembro, 10.000 juvenis de salmão-do-atlântico (Salmo salar), espécie Criticamente Em Perigo de extinção, no Parque Natural de Somiedo.
Os peixes foram libertados nos rios Pigüeña e Somiedo pelos técnicos da Consejería de Medio Rural y Política Agraria das Astúrias e por crianças de uma escola pública local. Estas depositaram alguns peixes no rio Somiedo junto à localidade de La Riera.
Os juvenis, com menos de um ano de idade, têm um tamanho médio de oito centímetros e vieram do centro de ictiofauna de Las Mestas del Narcea.
Esta libertação faz parte de uma acção de sensibilização ambiental dirigida a crianças em idade escolar sobre os ecossistemas fluviais e sobre a importância da conservação dos rios e sobre a flora e fauna que os habita.
Nesse dia, os mais pequenos ficaram a saber mais sobre o ciclo de vida do salmão e quais as diferenças entre uma truta e um salmão.
O Principado das Astúrias realizou este ano um total de 101 reintroduções de truta e de salmão nos vários rios da região. As soltas foram realizadas em duas fases do ciclo de vida destes peixes: uma com juvenis, como a que aconteceu a 17 de Novembro em Somiedo, e a outra com ovos.
No total foram libertados este ano 834.580 juvenis e 194.825 ovos de truta e 274.095 juvenis e 4.300 ovos de salmão.
Começa este mês a desova do salmão, algo que dura até ao início de Janeiro; a eclosão dos ovos pode prolongar-se até Março. Entre Abril e Junho, estes peixes migram para o mar, onde crescem e, quando atingem a maturidade sexual, regressam aos rios de origem para desovar, fechando-se assim este ciclo.
Em Portugal, é nos rios Minho e Lima onde ocorrem as principais populações desta espécie, classificada como Criticamente Em Perigo de extinção. “A população nacional de Salmo salar é composta por menos de 250 indivíduos maturos”, segundo o Livro Vermelho dos Peixes dos Peixes de Água Doce e Migradores.