Nos últimos dias, a GNR interveio em Estremoz e na região da Guarda por causa de crimes contra a natureza. Quatro pessoas foram detidas e uma foi constituída arguida.
Na noite de 8 de Janeiro, na passada sexta-feira, quatro indivíduos foram abordados na Mata da Gatuna, em Veiros (Estremoz), quando apanhavam aves com armas de ar comprimido e lanternas.
Os militares do Núcleo de Proteção Ambiental de Estremoz, com o apoio de militares do Posto Territorial de Estremoz, detiveram os quatro indivíduos – com idades entre os 25 e os 65 anos – por caça ilegal de espécies protegidas e apreenderam 205 aves mortas, cinco armas de ar comprimido, oito caixas de munições e onze lanternas. Todo o material ficou à guarda do processo e as aves foram entregues a uma instituição de solidariedade. Os suspeitos ficaram sujeitos a termo de identidade e residência.
Dias mais tarde, a 10 de Janeiro, militares do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) da Guarda descobriram e apreenderam uma armadilha, vulgo ferro, utilizada para capturar animais selvagens, em plena Zona de Caça Associativa de Codesseiro (no lugar do Soito Velho). Na armadilha, um método de caça ilícito, estava preso um canídeo que, segundo a GNR, sofreu ferimentos graves numa pata.
As autoridades acabaram por apurar que a armadilha terá sido colocada por um cidadão de 71 anos, pelo que foi constituído arguido e elaborado o respetivo Auto de Notícia, por crime relativo à caça.
Além destas duas situações, nesta segunda-feira, a GNR de Aljustrel recuperou um falcão-peregrino (Falco peregrinus) em Ferreira do Alentejo. A ave, que estava registada num centro de anilhagem da Alemanha, tinha ferimentos na asa direita e foi entregue no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em Beja.
Depois a ave foi encaminhada para o Centro de Recuperação de Animais Silvestres de Lisboa em Monsanto para ser recuperada.