Wildlife Photographer of the Year: leopardo-das-neves vence a escolha do público

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A fotografia de um leopardo-das-neves ao pôr do Sol, captada por Sascha Fonseca, foi a imagem escolhida pelo público para a edição do Wildlife Photographer of the Year 2022, foi recentemente revelado.

A fotografia do alemão Sascha Fonseca – captada por foto-armadilhagem e que mostra um leopardo-das-neves ao pôr do Sol, tendo como pano de fundo as montanhas de Ladakh no Norte da Índia – foi a escolhida do público de entre uma lista de 25 fotografias.


World of the snow leopard. Foto: Sascha Fonseca/Wildlife Photographer of the Year

Este ano votaram 60.466 pessoas no People’s Choice Award, no âmbito do Wildlife Photographer of the Year 2022.

World of the snow leopard” foi a vencedora de entre as 25 fotografias escolhidas pelo Museu de História Natural de Londres de entre cerca de 39.000 imagens a concurso nesta sua 58ª edição.

A imagem fará parte da exposição Wildlife Photographer of the Year, patente naquele museu britânico até 2 de Julho de 2023.

Sascha captou esta imagem durante um projecto de três anos com foto-armadilhagem nos Himalaias indianos.

Conhecido como o “fantasma das montanhas”, esta espécie esquiva é incrivelmente difícil de fotografar na natureza porque é muito rara, vive em habitats de difícil acesso e remotos e porque tem uma excelente capacidade de camuflagem. Com apenas 6.500 animais adultos na natureza, este felino enfrenta as ameaças da caça ilegal, perda de habitat e conflitos com seres humanos.

“Estou incrivelmente orgulhoso por ser o vencedor deste ano do People’s Choice Award e quero agradecer a todos os que me apoiaram e que tornaram isto possível”, comentou, em comunicado, Sascha Fonseca.

“A fotografia pode ligar as pessoas à natureza e encorajá-las a apreciar a beleza do mundo natural. Acredito que uma maior compreensão da vida selvagem leva a um maior cuidado e a um apoio e interesse maior na conservação da natureza.”

Na opinião de Douglas Gurr, director do Museu de História Natural de Londres, a fotografia de Sascha Fonseca “capta a beleza do nosso planeta e lembra-nos da nossa responsabilidade partilhada para a proteger”.

Além da fotografia de Sascha Fonseca, o público escolheu ainda quatro imagens que receberam menções honrosas. 

São elas:

Holding on, por Igor Altuna

Foto: Igor Altuna/Wildlife Photographer of the Year

Fox affection, por Brittany Crossman

Foto: Brittany Crossman/Wildlife Photographer of the Year

Among the flowers, por Martin Gregus

Foto: Martin Gregus/Wildlife Photographer of the Year

Portrait of Olobor, por Marina Cano

Foto: Marina Cano/Wildlife Photographer of the Year

Os prémios Wildlife Photographer of the Year começaram em 1965, numa iniciativa da revista BBC Wildlife Magazine, que na altura se chamava Animals. Nesse ano 500 fotografias foram a concurso. Desde então, o evento cresceu e, em 1984, o Museu de História Natural de Londres passou a estar envolvido no projecto. O grande objectivo é inspirar as pessoas para apreciarem e conservarem o mundo natural.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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