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Criada nova Reserva de Burros em Sintra

26.10.2015

Ajudar a manter e a valorizar o burro doméstico saloio é o grande objectivo por detrás da nova reserva agora criada na Tapada D. Fernando II, junto ao Convento dos Capuchos (Sintra).

 

A nova Reserva de Burros nasce graças a uma parceria entre a Reserva de Burros – Associação para a Valorização e Preservação do Burro e a empresa Parques de Sintra. O objectivo é valorizar a espécie e “organizar actividades destinadas à interação de crianças e adultos com os burros” e com o património natural onde estão inseridos, explicam os responsáveis em comunicado.

Depois de milhares de anos de convivência com o Homem, a mecanização da agricultura e a modernização dos meios de transportes foram os principais factores que levaram ao “acentuado decréscimo do número de indivíduos de gado asinino” em Portugal.

O burro mirandês tem sido alvo de programas de incentivo à sua criação e manutenção, dado que é uma raça autóctone registada no país; mas outras raças, como o burro saloio ou o algarvio, não têm qualquer tipo de incentivo à sua protecção, porque “nunca foram alvo de estudo e apuramento genético”.

Esta Reserva de Burros pretende, então, “dar uma nova utilidade a estes animais e garantir o seu futuro, através de um programa de actividades que permitam colocar em contacto, sensibilizar e dar a conhecer estes animais” da região saloia, onde sempre tiveram um papel preponderante.

Para visitar a reserva de Outubro a Fevereiro é necessária uma marcação prévia.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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