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Que espécie é esta: papa-moscas-preto

20.09.2022
Foto: Ernesto Pavão

O leitor Ernesto Pavão pediu ajuda para identificar a ave que fotografou no seu quintal, no dia 17 de Setembro. Gonçalo Elias responde.

 

“Fotografei esta ave no quintal, dia 17/09/2022, na localidade de Cachão, concelho de Mirandela. Foi a primeira vez que a vi e pedia a vossa ajuda para identificação da mesma”, explicou Ernesto Pavão, num mensagem enviada à Wilder.

Trata-se de um papa-moscas-preto, com o nome científico Ficedula hypoleuca.

Foto: Ernesto Pavão

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Passam muitos em migração pelo nosso país durante o mês de Setembro”, acrescenta este ornitólogo.

Com efeito, segundo o portal Aves de Portugal, esta ave pode ser observada em Portugal durante as épocas de migração, mas em especial no mês de Setembro. É por estes dias que estes papa-moscas fazem uma pausa prolongada em território português, a meio da viagem de regresso aos territórios de invernação na Costa do Marfim e Guiné.

Desde o final do Verão ao início do Outono, este migrador de passagem é assim uma das aves mais comuns no nosso território.

Os papa-moscas-pretos são mais pequenos do que o pardal-doméstico e pesam cerca de 12 gramas. No período em que podem observar-se em Portugal já apresentam a plumagem de Inverno, menos vistosa do que a nupcial: os pretos são substituídos por tonalidades acastanhadas e já não mostram uma mancha branca na testa. Em contrapartida conservam uma mancha branca nas asas que ajuda à sua identificação.

 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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