O leitor Jorge Ribeiro encontrou a 29 de Julho um escorpião na Praia da Galé, no Algarve, e pediu ajuda para saber qual a espécie e sobre o que fazer. Pedro Sousa responde.
“Encontrei um escorpião na Praia da Galé no Algarve”, explicou Jorge Ribeiro, na mensagem enviada à Wilder, acrescentando que o tinha capturado num frasco. “Gostaria de saber se é venenoso e se é autóctone, pois nesse caso libertá-lo-ei. Caso não seja, aguardo indicações para o que devemos fazer.”
Trata-se de um escorpião autóctone do género Buthus.
Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).
É um escorpião autóctone, sem dúvida.
Várias espécies novas do género Buthus foram descritas nos últimos anos para Portugal e Espanha, mas ainda há dúvidas sobre algumas.
Todos os escorpiões podem injectar veneno com o aguilhão que têm na ponta da cauda. A “cauda” é na verdade um prolongamento do abdómen chamado de metassoma.
Nos escorpiões o tubo digestivo prolonga-se pela cauda e o ânus localiza-se imediatamente antes do “último segmento”, onde estão as glândulas que produzem o veneno e o aguilhão que o injecta.
Os escorpiões passam o dia abrigados em tocas ou abrigos temporários. Portanto, o melhor será este escorpião ser libertado de forma segura, sem que o leitor arrisque ser picado, e se houver possibilidade, junto ao local onde foi encontrado, pois deve ser aí que tem o seu abrigo.
Agora é a sua vez.
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