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Foto: Oscar Toyofuku

Que espécie é esta: rabirruivo-preto

07.07.2022

Oscar Toyofuku fotografou algumas aves em Leiria, a 28 de Junho, e pediu ajuda na identificação da espécie. Gonçalo Elias responde.

“Sou brasileiro e estou passando uma temporada aqui em Portugal, mais especificamente em Leiria. Gosto de registrar a natureza e procuro identificar as fotos”, explicou Oscar numa mensagem enviada à Wilder, juntamente com três fotografias de aves.

Fotos: Oscar Toyofuku

Trata-se de rabirruivos-pretos (Phoenicurus ochruros).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“As duas primeiras fotos são de um macho adulto”, indicou este especialista. Quanto à terceira fotografia, apesar de se ver com dificuldade, “será uma fêmea ou um juvenil”.

O rabirruivo-preto é igualmente chamado de rabirruivo, carvoeiro e pisco-ferreiro, entre outros nomes comuns.

Estas aves têm um característico “tique nervoso” de cauda. Os machos têm o dorso escuro, uma mancha branca na asa e a cauda ruiva. As fêmeas são mais acastanhadas.

Segundo o livro “Aves de Portugal”, os rabirruivos costumam pôr 4 a 6 ovos e um casal pode criar duas ou três ninhadas numa época reprodutora. Alimentam-se quase sempre de insectos e outros invertebrados.

Como nidificantes, estas aves distribuem-se sobretudo para norte do Tejo, sendo mais escassas e localizadas no Sul do país.

No Inverno, aos rabirruivos residentes em Portugal, que estão agora em fase de reprodução, juntam-se os rabirruivos migradores invernantes. Estes vêm da Europa Central e Ocidental e por estes dias já regressaram às suas casas.

Pode saber mais sobre esta espécie, incluindo onde a procurar, no portal Aves de Portugal.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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