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Que espécie é esta: cobra-d’água-de-colar-mediterrânica

17.06.2022

O leitor João Pedro Patriarca encontrou esta cobra a 15 de Junho em Olho Marinho, Óbidos, e pediu ajuda na identificação da espécie. José Carlos Brito responde.

“Avistada em Olho Marinho, Óbidos. Alguma ideia sobre a espécie?”, perguntou o leitor à Wilder.

 

Trata-se de uma cobra-d’água-de-colar (Natrix astreptophora).

Trata-se de uma cobra-d’água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora).

Espécie identificada por: José Carlos Brito, especialista em répteis no BIOPOLIS-CIBIO.

“Trata-se de um juvenil de cobra-d’água-de-colar, Natrix astreptophora (Seoane, 1884), facilmente identificável pela presença de um colar amarelo muito vivo na base da cabeça. Este colar será muito menos evidente quando o animal atingir a idade adulta”, explicou José Carlos Brito.

A cobra-de-água-de-colar-mediterrânica é uma espécie completamente inofensiva para o ser humano.

Esta cobra é uma boa nadadora.

Pode ultrapassar os 150 centímetros de comprimento total, sendo as fêmeas habitualmente maiores que os machos, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.

“A coloração dorsal é variável, variando entre o verde-oliváceo, o acinzentado, o acastanhado ou mesmo o pardo; exibe um padrão de pequenas manchas negras irregulares, espalhadas ao longo do corpo.”


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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