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Que espécie é esta: pilritos-das-praias

24.03.2022

O leitor António Paulitos fotografou estas aves a 18 de Março no Monte do Estoril e pediu ajuda para saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

Tratam-se de pilritos-das-praias (Calidris alba).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Estas pequenas aves, brancas e acinzentadas, são presença comum nas praias portuguesas.

São fáceis de ver em bandos, a correr junto à zona da rebentação, onde procuram pequenos invertebrados enterrados na areia, ou a sobrevoar o mar junto à costa.

Mas é no Inverno que o litoral se enche de pilritos-das-praias, vindos do Ártico Siberiano ou da Gronelândia.

Têm duas plumagens: a de Inverno, mais discreta e a de Verão, ligada à época de reprodução, que decorre no Alto Ártico.

Esta é a única ave costeira que tem apenas três dedos em cada pata (todas as outras têm quatro), uma adaptação para correr mais depressa na areia.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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