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Que espécie é esta: escaravelho Dicladispa testacea

25.02.2022

O leitor Aldiro Pereira fotografou este insecto de 2004 a 2009 em Albergaria-a-Velha e quis saber qual a espécie a que pertence. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Andei a fotografar este organismos desde 2004 a 2009, sempre no mesmo local (perto da minha residência) e sempre na mesma planta. Contudo, desde 2009 nunca mais o encontrei, pese o fato de sempre que passo por aquele local ir observar atentamente para ver se o encontro novamente, contudo, sempre sem sucesso. As caraterísticas deste organismo (coleóptero?) são muito interessantes e tenho fotos de poses de casais (em reprodução) que são muito elucidativas de que os “espinhos” que eles ostentam em nada atrapalham a sua vida amorosa!”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se do escaravelho Dicladispa testacea.

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

O escaravelho espinhudo é da espécie Dicladispa testacea.

Vive em Cistus, de que as suas larvas se alimentam e pode ir desaparecendo e reaparecendo num local de forma natural.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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