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Que espécie é esta: vespa-mamute

11.11.2021

A leitora Tânia Gil fotografou esta vespa a 30 de Maio em Porto Covo e pediu para saber a espécie. Maria João Verdasca responde.

Trata-se de uma vespa-mamute, que tem o nome científico Megascolia maculata.

Espécie identificada e texto por: Maria João Verdasca, investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

A vespa-mamute é uma das maiores vespas da Europa. O corpo é escuro com dois pares de manchas amarelas sem pelos, no abdómen. Os machos têm a cabeça negra e antenas longas; as fêmeas exibem a cabeça amarela, antenas curtas e são maiores do que os machos. As fêmeas possuem ainda grandes mandíbulas destinadas a manipular as presas.

Estas vespas são solitárias e parasitam larvas de escaravelhos. A fêmea escava o ninho no solo, para o qual transporta uma larva hospedeira, paralisando-a com uma picada do ferrão. De seguida deposita, sobre ela, um ovo. A larva da vespa consome, de início, a hospedeira pelo exterior, mas depois penetra no seu interior.

Ao completar o desenvolvimento larvar, sai e tece um casulo no exterior, dentro do qual sofre a metamorfose e passa o Inverno. O adulto sai na Primavera seguinte, alimentando-se de pólen e néctar de diferentes plantas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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