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COP26: Mais de 100 líderes mundiais comprometem-se a pôr fim à desflorestação até 2030

02.11.2021
Foto: jplenio/Pixabay

Reverter e travar a desflorestação e a degradação do território até ao final da década é o objectivo desta declaração conjunta, apoiada por 19 mil milhões de dólares (cerca de 16,4 mil milhões de euros) de fundos públicos e privados.

O compromisso foi alcançado durante a cimeira climática da ONU – COP26 – que teve início em Glasgow, na Escócia, neste último domingo, e que se realiza até 12 de Novembro. Este encontro é considerado a última grande oportunidade para abrandar o aumento das temperaturas e para convencer os líderes mundiais a adoptar metas climáticas mais exigentes.

“Países que se estendem desde as florestas boreais do Canadá e Rússia até às florestas húmidas tropicais do Brasil, Colômbia, Indonésia e República Democrática do Congo vão abraçar a Declaração de Glasgow de Líderes sobre a Floresta e o Uso da Terra“, afirmou em comunicado o Governo britânico, anfitrião da COP26. “Em conjunto, contêm 85% das florestas do mundo, numa área superior a 33 milhões de quilómetros quadrados.”

Actualmente, é perdida uma área equivalente a 27 campos de futebol de floresta por minuto, apesar destas serem consideradas os pulmões do planeta. Com efeito, absorvem cerca de um terço do dióxido de carbono que é anualmente libertado para a atmosfera a partir da queima dos combustíveis fósseis.

Por outro lado, estima-se que quase um quarto (23%) das emissões globais de carbono são provenientes de actividades ligadas à indústria madeireira, à desflorestação e à agricultura e pecuária. Nos dias de hoje, quase 25% da população mundial – 1,6 mil milhões de pessoas – dependem das florestas para a sua subsistência diária.

O investimento público garantido através deste novo compromisso – 12 mil milhões de euros – tem origem em 11 países e também na União Europeia e deverá prolongar-se entre 2021 e 2025. Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Noruega, EUA e Coreia do Sul são alguns dos financiadores.

Em causa estão iniciativas em países em desenvolvimento, incluindo apoios às comunidades indígenas, combate a incêndios e restauro de terras degradadas. Outros 7,2 mil milhões de euros são provenientes de companhias e investidores privados.

Por outro lado, presidentes executivos de empresas financeiras como a Aviva, Schroederes e Axa comprometeram-se a eliminar investimentos em actividades que estejam ligadas à desflorestação.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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