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Que espécie é esta: ninfa de cigarrinha-saltadora

10.10.2021

A leitora Aurora Ribeiro fotografou este insecto na ilha do Faial, Açores, a 2 de Dezembro de 2017 e quis saber qual a espécie a que pertence. Rui Félix responde.

“Na Ilha do Faial, Açores, encontrei este pequeno insecto (só contei 6 patas) na minha meia. Media cerca de 4 mm e esta foi a melhor foto que lhe consegui tirar. Nunca tinha visto nem sei o que é. Que espécie é esta?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma ninfa de cigarrinha-saltadora da espécie Siphanta acuta.

Espécie identificada e texto por: Rui Félix, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Creio tratar-se de uma ninfa (forma imatura), de uma cigarrinha saltadora (Auchenorrhyncha) que pertence, aparentemente, à família Flatidae.

Atendendo à lista de espécies desta família de insectos pertencentes à Ordem Hemiptera descritas para o local onde foi encontrada, dá ideia de ser uma ninfa de Siphanta acuta, uma cigarrinha saltadora, cujo aspecto geral exterior na fase adulta a faz parecer com pequenas folhas verdes, dispostas ao longo do caule das plantas que utiliza para a sua alimentação.

Adulto desta espécie de cigarrinha. Foto: Brocken Inaglory/WikiCommons

Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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