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Que espécie é esta: noitibó-europeu

06.09.2021

O leitor Filipe Ramos observou esta ave a 3 de Setembro numa estrada em Vilar do Monte, Ponte de Lima, e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Qual é a espécie deste pássaro que aparece nas estradas à noite? Os olhos refletem em vermelho e é parecido com uma rola ou melro. Já há alguns anos que se vêem na altura do verão”, escreveu o leitor à Wilder.

Esta ave foi observada às 20h55. 

Tratar-se-á de um noitibó-europeu (Caprimulgus europaeus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Em Portugal há duas espécies de noitibós, mas uma delas (o noitibó-de-nuca-vermelha, Caprimulgus ruficollis) não aparece no noroeste do país, sendo assim a ave da foto deverá ser o noitibó-europeu Caprimulgus europaeus“, explicou Gonçalo Elias.

Noitibó-europeu. Foto: P. Taszynski/WikiCommons

O noitibó-europeu, uma ave misteriosa e fascinante segundo o portal Aves de Portugal, tem hábitos crepusculares e sai para caçar depois do pôr-do-Sol.

É uma ave de plumagem predominantemente cinzenta e castanha, com asas e cauda longa, que ocorre principalmente a Norte do rio Tejo. Tem uma envergadura de asa que pode chegar aos 59 centímetros.

“Embora não possa ser considerado abundante, é relativamente comum em certas zonas, principalmente na confluência de zonas florestais com terrenos mais abertos.”

Em Portugal, esta espécie está classificada com estatuto de Vulnerável.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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