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Que espécie é esta: borboleta guarda-portões

14.07.2021

A leitora Inês Almeida fotografou esta borboleta a 9 de Agosto de 2020 nas Penhas Douradas e pediu ajuda para saber qual a espécie. Patrícia Garcia-Pereira responde.

“Fotografei esta borboleta, e outras (que um dia destes ainda pergunto também como se chamam 😉), junto à Lagoa do Vale do Rossim, nas Penhas Douradas, Serra da Estrela”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da borboleta guarda-portões (Pyronia tithonus).

Espécie identificada por: Patrícia Garcia-Pereia, coordenadora da rede Estações da Biodiversidade e investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Esta é uma borboleta da família Nymphalidae.

Pode chegar a uma envergadura de asa de 40 milímetros, sendo que as fêmeas são maiores do que os machos, e tem a face superior das asas alaranjada com uma faixa acastanhada no rebordo.

Os adultos voam de Maio a Setembro.

Segundo o Museu Virtual da Biodiversidade, esta borboleta “ocorre, preferencialmente, em silvados nas orlas de bosques secos e em clareiras de florestas, até aos 1200 m de altitude. Para plantas hospedeiras utiliza várias espécies de gramíneas (Poaceae), das quais a lagarta se alimenta (e.g. Poa spp.)”.

Esta borboleta, com estatuto de conservação Pouco Preocupante, é comum em Portugal continental, sendo menos frequente na metade sul do país.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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