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Que espécie é esta: cantarídeo-vermelho

23.06.2021

A leitora Catarina Feio fotografou este animal a 11 de Junho em Guimarães e quis saber qual a espécie a que pertence. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Tenho tido uma praga no meu jardim, afectou a horta e já chegou às suculentas. Encontrei este insecto em algumas delas e também nos morangos. Será este que está a estragar-me as plantas?”, escreveu a leitora.

Trata-se de um cantarídeo-vermelho (Rhagonycha fulva).

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

O escaravelho fotografado é Rhagonycha fulva, espécie presente em todo o país e muito comum, fácil de observar em umbelíferas como a cenoura-brava (Daucus carota).

O cantarídeo-vermelho é uma espécie omnívora no estado adulto (dieta de pólen, néctar, pequenos insetos). Mas enquanto larva é predominantemente predadora no solo, por isso eu diria que será potencialmente auxiliar, embora com um papel muito menos significativo do que joaninhas e crisopas, por exemplo.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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