A leitora Teresa Patrício encontrou este anfíbio a 22 de Abril em Cacela Velha e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.
“Residente no bebedouro do observatório de aves e outros animais, do Jardim Representativo da Flora do Algarve – Cacela Velha, a 22 de Abril 2021. Agradecia a identificação desta espécie, esperando que não seja uma exótica”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de uma rã-verde (Pelophylax perezi).
Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Esta espécie não é nada exótica; é, na verdade, a rã-verde-comum, Pelophylax perezi, espécie nativa e endémica da Península Ibérica. Como nem todos os exemplares são verdes, as pessoas podem pensar que não é uma “rã-verde”, mas esta variabilidade nas cores é muito comum nos anfíbios.
Esta rã tem uma coloração muito variável e pode ser confundida com outras.
Mas todos os indivíduos têm duas pregas de pele longitudinais que vão desde o olho até à inserção da pata posterior.
A rã-verde está presente em todo o território português, admitindo-se que seja o anfíbio mais comum em Portugal. Ocorre em toda a Península Ibérica, podendo ser observada pelo menos até ao Sul de França.
Este anfíbio atinge facilmente 7,5 cm, podendo chegar aos 10 cm de comprimento.
Esta espécie, até há pouco tempo, tinha como nome científico Rana perezi, e actualmente se chama Pelophylax perezi.
Agora é a sua vez.
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