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Que espécie é esta: percevejo-assassino

21.04.2021

A leitora Débora Costa fotografou este insecto na Quinta do Anjo, Palmela, a 28 de Março e quis saber qual a espécie a que pertence. Rui Félix responde.

Trata-se de um percevejo-assassino (Rhynocoris erythropus).

Espécie identificada por: Rui Félix, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Nesta fotografia encontra-se um percevejo-assassino, Rhynocoris erythropus, pertencente à família Reduviidae.

Apresenta como morfologia característica a cabeça estreita e alongada, patas compridas, escutelo com uma linha pálida mediana e abdómen marcado lateralmente por listas brancas. 

Os percevejos desta família são exímios caçadores de outros insectos, perfurando-os e imobilizado-os com a sua boca (rostrum) em forma de agulha e injetando saliva e sucos digestivos no seu interior, com vista à digestão extra oral das suas presas.

São benéficos predadores de uma grande variedade de espécies de insetos-praga, prestando assim serviço aos ecossistemas. 

Quando ameaçados podem desferir uma picada muito dolorosa, por isso é de evitar o seu manuseamento.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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