Quatro leitores da Wilder encontraram o mesmo insecto nas suas casas em Lisboa, no início de Março, e gostavam de saber que espécie será. Eva Monteiro responde.
André Santana disse que “no dia 6 de Março, em Lisboa na junta de freguesia de São Vincente, pelas 17h30 apareceram imensos destes pequenos bichos a voar num enxame que parecia uma nuvem negra a aproximar-se da nossa janela”.
“Pelas nossas pesquisas achamos que pode ser um Graptopeltus, mas não temos a certeza. Gostariamos de confirmar, para sabermos de que forma agir”, contou à Wilder.
A leitora Susana Serrazina viu estes animais no mesmo dia em Lisboa. “Costumo vê-los frequentemente na minha varanda, em Lisboa. Hoje (dia 6 de Março) esteve mais calor e estão em grande número, notando-se mais nas paredes brancas. Alguns entram em casa, como o da foto.”
Catarina Raio também os encontrou, no dia 7 de Março. “Quando acordámos e abrimos as portadas encontrámos as janelas cheias de uns pequenos insectos. Estavam pelo lado de dentro (a maior parte) e de fora, o que quer dizer que entraram com as janelas fechadas, e tinham entre 4 a 5 mm de comprimento. Moramos num 4º andar em Lisboa, junto ao Largo do Conde Barão”, escreveu à Wilder.
“Falámos com os vizinhos do prédio percebemos que a maioria estava com o mesmo problema.”
“Gostávamos muito de tentar perceber quem eram os nossos hóspedes e o que andariam a fazer por aqui.”
Por fim, a leitora Joana Campello encontrou “muitos destes no meu quarto na baixa de Lisboa” a 9 de Março.
Trata-se de um percevejo da família Rhyparochromidae.
Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
São percevejos da família Rhyparochrmoidae, inofensivos para os humanos pois apenas se alimentam de plantas.
Devem ter tido uma explosão devido a condições favoráveis e ao início da primavera. São aborrecidos, mas não fazem mal a ninguém 🙂
Ainda há muita coisa que não sabemos sobre os insetos, mas sabemos que volta não volta acontecem estes fenómenos a algumas espécies.
O que fazer, não sei… Devolvê-los à rua é com certeza a atitude mais budista 🙂 se tiverem paciência…
Agora é a sua vez.
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