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Que espécie é esta: mosca-escorpião

12.03.2021

A leitora Adriana Saraiva fotografou este insecto a 4 de Março em Tavira e pediu para saber a espécie. Albano Soares responde.

“Avistámos este espécime junto à ribeira da Asseca em Tavira. Ficámos algo intrigados pois tem semelhanças com uma libelinha mas não se coaduna com outros exemplares que já vimos. É possível ajudar na identificação?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da mosca-escorpião (Panorpa meridionalis).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

“Esta mosca tem esse nome mas é completamente inofensiva”, diz Albano Soares.

O nome foi dado a estas moscas por causa do abdómen do macho que termina numa estrutura que faz lembrar o ferrão de um escorpião. Mas, na verdade, configura a genitália masculina e, por isso, não é capaz de inocular veneno.

Os indivíduos adultos geralmente têm dois pares de asas estreitas e longas e antenas e pernas longas e delgadas.

Voam de dia e podem encontrar-se em locais húmidos, como florestas.

 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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