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Que espécie é esta: dedos do diabo

03.09.2020

O leitor Marco Lé encontrou este fungo a 14 de Maio na Mitrena, Setúbal, e pediu ajuda para saber qual a espécie. A associação Ecofungos responde. 

Trata-se da espécie dedos do diabo (Clathrus archeri).

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

Esta é uma espécie do mesmo grupo da gaiola-de-bruxa (Clathrus ruber) ou da Phallus impudicus.

Esta espécie, como a Clathrus ruber, que referimos acima, mimetiza a carne em putrefação, pois os seus esporos liquefeitos na maturação, são transportados nos corpos dos insetos necrófagos, atraídos pela cor, forma e cheiro nauseabundo que o fungo exala.

Na sua fase inicial, o cogumelo desenvolve-se no interior de um ovo gelatinoso, que se rompe e expõe os “tentáculos” vermelhos com os esporos.

É um fungo mais comum a norte, em zonas com maior disponibilidade hídrica, apesar ser comum.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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