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Foto: Tânia Sá

Que espécie é esta: escaravelho das flores sobre uma roselha

21.05.2020

A leitora Tânia Sá fotografou um escaravelho numa flor a 19 de Abril e pediu ajuda na identificação destas espécies. João Gonçalo Soutinho e o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra respondem.

 

Tânia Sá explicou à Wilder que estava a dar um passeio no Mato de Miranda, na zona de Azinhaga, região do Ribatejo.

Trata-se de um escaravelho das flores da espécie Oxythyrea funesta pousado numa roselha (Cistus crispus).

 

Foto: Tânia Sá

 

Espécies identificadas por: João Gonçalo Soutinho, coordenador do  VACALOURA.pt, e por Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

Estes escaravelhos, que se alimentam do néctar e do pólen das flores, são polinizadores importantes. Em Portugal, são mais facilmente observados entre Maio e Junho.

Já a roselha (Cistus crispus) pertence à família Cistaceae, indica Filipe Covelo. “É um pequeno arbusto (até 50 cm), com os ramos prostrados e corola cor-de-rosa. Distingue-se facilmente de outras espécie de Cistus pela margem encrespada das folhas”, adianta o investigador.

“É uma espécie nativa da região mediterrânea ocidental, abundante em Portugal Continental, ocorrendo em matagais e clareiras de sobreirais.”

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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