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Que espécie é esta: grande-pavão-nocturno

30.04.2020

A leitora Lídia Santos fotografou esta borboleta em Julho de 2014 na fronteira de Vilar Formoso, e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

Lídia Santos conta que viu esta borboleta em Julho de 2014 na estação de comboio de Fuentes de Onoro (fronteira de Vilar formoso /Espanha) e que nunca mais viu nenhuma. “Fiquei deslumbrada” e com curiosidade de saber mais sobre a espécie, contou à Wilder.

A borboleta, com cerca 10 centímetros de comprimento, não parecia muito activa. “Quando me aproximei ela não voou, deixou tirar as fotografias e depois saiu voando.”

 

 

Trata-se da borboleta grande-pavão-nocturno (Saturnia pyri).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

A borboleta é a grande-pavão-nocturno (Saturnia pyri), a maior borboleta nocturna de Portugal e da Europa, pertencente à família Saturniidea.

Os saturnídeos são borboletas nocturnas de grandes dimensões, com grandes ocelos – desenhos que imitam olhos – nas asas anteriores e posteriores.

Em Portugal há duas espécies desta família, sendo a grande-pavão-nocturno a mais comum. Não é por acaso que já por várias vezes nos foi enviada pelos leitores de Que espécie é esta?

É frequente em zonas arborizadas e, por vezes, mesmo em zonas urbanas.

As lagartas, também muito bonitas, alimentam-se de folhas de diversas árvores (amieiros, chopos, salgueiros, freixos, etc.).

Só tem uma geração por ano e os adultos vêm-se de Abril a Junho.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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