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Que espécie é esta: ralo ou grilo-toupeira

23.10.2019

A leitora Eugénia Pereira encontrou este animal a 17 de Outubro em Aveiro e pediu para saber a espécie. Eva Monteiro responde.

“Encontrei este inseto em minha casa (Aveiro) e não sei o que é. Poderiam dizer-me, por favor?”

Trata-se de um ralo ou grilo-toupeira (Gryllotalpa sp.).

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

A espécie que Eugénia Pereira encontrou é um ralo, ou grilo-toupeira.

Há três espécies desde género em Portugal – Gryllotalpa africanaGryllotalpa gryllotalpa e Gryllotalpa vineae – mas é difícil identificar por fotografia. O melhor é identificar pelo som.

Os ralos são uns grilos muito particulares que têm as patas anteriores modificadas em pás escavadoras com as quais fazem galerias em hortas e outros terrenos com solos pouco compactados.

Os machos cantam friccionando as asas anteriores, no interior destas galerias que funcionam como caixas de ressonância, amplificando muito o som metálico produzido.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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