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Que espécie é esta: corvo-marinho-de-faces-brancas

15.05.2019

A leitora Isabel Almeida observou vários corvos-marinhos a 2 de Março na zona de Tomar e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

Estas aves foram fotografadas no Rio Nabão em Tomar. “Penso tratar-se de um Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo) e de um Corvo-marinho-de-crista (Phalacrocorax aristotelis)”, contou à Wilder Isabel Almeida. Mas a dúvida quanto à identificação levou a leitora a pedir ajuda.

No mesmo mês, Isabel Almeida observou mais corvos-marinhos, desta vez no Mouchão em Tomar.

Tratam-se todos de corvos-marinhos-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

As aves mais escuras são adultos e as mais claras, acastanhadas, são imaturos, explicou Gonçalo Elias.

A outra espécie de corvo-marinho que podemos ver em Portugal, o corvo-marinho-de-crista, não tem as faces claras, o bico é muito fino (quase parece uma agulha) e, normalmente, não aparece no interior, ocorrendo apenas ao longo da faixa costeira.

Para saber mais, leia quais são as cinco coisas que importa conhecer para distinguir as duas espécies de corvos-marinhos.

Este é o segundo registo de corvos-marinhos-de-faces-brancas no “Que espécie é esta?”. Recorde aqui os corvos-marinhos que o leitor Carlos Sobral fotografou em Peso da Régua, nas margens do rio Douro, em Março de 2018.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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