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Que espécie é esta: grilo-de-sela-de-Ana-Paula

27.02.2019

A leitora Carina Cristóvão fotografou este insecto na zona de Bucelas, Loures, a 28 de Novembro do ano passado e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

“Fiquei muito curiosa, pois nunca vi nada semelhante”, comentou Carina Cristóvão.

 

 

A espécie que observou é um grilo-de-sela-de-ana-paula (Lluciapomaresius anapaulae).

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

“Trata-se de um grilo-de-sela do género Lluciapomaresius. Tendo em conta o sítio onde foi vista deve ser Lluciapomaresius anapaulae, uma espécie endémica de Portugal. Belo registo!”, diz Eva Monteiro.

Esta é uma espécie que apenas existe em Portugal Continental, mais concretamente na região litoral a Norte de Lisboa, numa área estimada em cerca de 8.400 quilómetros quadrados. Ocorre em habitats de floresta e matos.

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), esta espécie tem um estatuto de conservação de Quase Ameaçada, porque as populações desta espécie estão a diminuir.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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