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Desenho da semana: seis flores silvestres

23.04.2018

O ilustrador naturalista Marco Nunes Correia abre os seus cadernos de campo e mostra-nos o que o fascina na natureza portuguesa. São desenhos, esboços ou aguarelas onde regista as estações do ano. Uma por semana.

 

Um dos espectáculos da natureza é a explosão de cores de inúmeras espécies de plantas silvestres durante a Primavera.

Marco Nunes Correia abriu o seu caderno de campo e registou seis espécies portuguesas comuns: ineixas ou hirsfeldia-de-pelo-branco (Hirschfeldia incana), cardo ou cardo-dos-picos (Galactites tomentosus), papoila-vulgar (Papaver rhoeas), malva-de-três-meses (Lavatera trimestris), trevo-branco (Trifolium repens) e soagem ou língua-de-vaca (Echium plantagineum).

 

 

Esta ilustração foi “um exercício ao qual me auto propus numa das saídas de campo do curso livre de ilustração científica e desenho de natureza”, na Reserva Natural Local do Paul de Tornada, explicou.

“O desafio começa por escolher uma planta ou flor e representá-la sem recurso ao esboço a lápis, pintando diretamente no suporte em branco com aguarela.”

E fazer o mesmo para cada espécie diferente. Mas antes é preciso pensar em como vamos sobrepor os elementos nas folhas do caderno, tornando a composição geral da dupla-página o mais apelativa possível.

“Depois disso passou a ser um exercício que lanço regularmente em trabalhos de grupo com os alunos.”

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.
Marco Nunes Correia, de Alcobaça, é professor na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. É membro do Grupo do Risco e especializou-se em desenho de natureza. 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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