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Coelho-bravo. Foto: Liz Poon, CSIRO/Wiki Commons

Quercus pede suspensão da caça a Norte do Tejo

23.10.2017

A associação de conservação da natureza Quercus pediu ao Governo que proíba a caça a Norte do rio Tejo como medida excepcional. Um número incalculável de animais selvagens perdeu os seus habitats para o fogo.

Os incêndios deste ano queimaram mais de 500 mil hectares, com principal incidência nas regiões a Norte do rio Tejo e principalmente em áreas predominantemente rurais. “Estes incêndios devastaram enormes áreas, com alguns municípios a serem afetados em mais de 90% da sua área, provocando também a morte de um número incalculável de animais selvagens e destruição dos seus habitats”, escreveu ontem a Quercus em comunicado.

“Com a vastidão das áreas queimadas e escassez de alimentos, vários animais selvagens têm procurado refúgio e alimentação nas poucas e reduzidas áreas verdes das zonas mais afetadas, muitas vezes perto das povoações.”

Na verdade, à associação têm chegado dezenas de denúncias de “abate indiscriminado” de coelhos-bravos que se aproximam das habitações para se alimentarem nas únicas zonas verdes disponíveis.

Por isso, a Quercus defende que o Governo da República e, em especial, os ministros do Ambiente e da Agricultura, devem tomar “medidas no sentido de proibir a caça a norte do rio Tejo como medida excepcional”.

 

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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