Os Estados membros da União Europeia (UE) não estão a usar os pesticidas de forma sustentável, com consequências para a saúde e o Ambiente, concluiu hoje a Comissão Europeia. Têm de melhorar, apelou Bruxelas.
“Sei que os cidadãos estão preocupados com o impacto do uso de pesticidas na sua saúde e no Ambiente”, comentou Vytenis Andriukaitis, comissário europeu para a Saúde e Segurança Alimentar, em comunicado. “Levamos estas preocupações em consideração e estamos a trabalhar com os Estados membros para conseguir um uso sustentável dos pesticidas na forma como cultivamos e produzimos os nossos alimentos.”
Andriukaitis fez estas declarações no dia em que Bruxelas divulgou o seu relatório sobre a implementação da Directiva sobre o Uso Sustentável de Pesticidas, adoptada a 21 de Outubro de 2009. Os Estados membros receberam uma nota insuficiente pelo seu trabalho para reduzir os riscos e impactos dos pesticidas.
Os progressos conseguidos em seis anos são ténues. O uso de pesticidas nos jardins públicos, hospitais e escolas é proibido ou minimizado e a dispersão por via aérea está banida, com algumas excepções.
Bruxelas apela aos Estados membros para melhorarem a qualidade dos seus planos de acção nacionais, que devem ser revistos de cinco em cinco anos. Os maiores problemas são as “lacunas significativas” nestes documentos sobre a dispersão aérea de pesticidas, a informação prestada à sociedade, a recolha de informação sobre casos de envenenamento e medidas para proteger os meios aquáticos.
A Comissão Europeia defende, concretamente, a “definição de metas específicas e mensuráveis e indicadores para uma estratégia a longo prazo para a redução dos riscos e impactos do uso de pesticidas”, segundo um comunicado da Comissão Europeia.
Um dos caminhos de futuro será adoptar alternativas aos pesticidas que não usem químicos e promover a Gestão Integrada de Pragas.
A instituição europeia garante que vai continuar a monitorizar a implementação desta directiva, nomeadamente através de auditorias, da avaliação dos planos de acção nacionais e da formação aos profissionais do sector.
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Pode consultar o plano nacional português aqui.