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“Lá Fora” em mandarim ganha grande prémio da Biblioteca Nacional da China

19.04.2017

O livro “Lá Fora”, uma obra portuguesa de divulgação da natureza destinada ao público juvenil, publicada em 2014, tem várias edições em língua estrangeira, incluindo uma em mandarim.

 

O novo prémio, arrecadado recentemente na China, existe desde 2004 e nele participam quase todas as bibliotecas públicas chinesas, explicam os responsáveis da editora portuguesa Planeta Tangerina.

Leitores, académicos e autores participaram na escolha da obra premiada, fazendo uma selecção entre os livros enviados por mais de 500 editores. Com um carácter não monetário, o objectivo do prémio é “cultivar o interesse pela leitura entre as famílias, organizações locais e regionais”.

 

 

“Lá Fora” foi escrito a quatro mãos por duas biólogas portuguesas, Inês Teixeira do Rosário e Maria Dias. As ilustrações são de Bernardo P. Carvalho.

Desde que foi publicado, este título ganhou já várias distinções, a começar pelo prémio “Opera Prima” (‘obra prima’ em português) atribuído em Fevereiro de 2015 na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, em Itália – a principal feira europeia de literatura destinada ao público mais jovem.

Em Novembro de 2016, a edição inglesa, publicada no Reino Unido e nos Estados Unidos, foi nomeada como obra finalista para os prémios AAAS/Subaru SB&F  para a Excelência nos Livros de Ciência, criados pela Associação Americana para o Avanço da Ciência e patrocinados pela Subaru.

Na altura, contactada pela Wilder, Inês Teixeira do Rosário, uma das autoras, considerou a nomeação “uma boa notícia” e também “uma forma de se chamar a atenção para obras como estas em Portugal, onde há uma grande falta de publicações na área da divulgação científica e da natureza”.

Além das edições em mandarim e inglês, o “Lá Fora” foi também traduzido para outras línguas, como espanhol, italiano e francês.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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