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Foto: Ocean Alive

Campanha Ocean Alive já recolheu mais de 12 toneladas de lixo do estuário do Sado

01.02.2017

Desde Março do ano passado, 670 voluntários da campanha da Ocean Alive recolheram mais de 12 toneladas de lixo e 20.425 embalagens de sal do estuário do Sado. A última acção aconteceu a 28 de Janeiro, com a retirada de 999 quilos de lixo e mais de 1.500 garrafas.

 

Entre as 09h30 e as 16h00 de 28 de Janeiro, 21 voluntários limparam um quilómetro da margem Norte do estuário, na zona da cintura industrial. Segundo a Ocean Alive, organização sem fins lucrativos que pretende “transformar comportamentos para a protecção do oceano”, foram recolhidos 999 quilos de lixo. Parte desse lixo (84 quilos de plástico e 165 quilos de vidro) foi selecionado para reciclagem.

No mesmo dia, os voluntários recolheram também 1.565 embalagens de sal, provenientes da mariscagem do lingueirão e do casulo no estuário do Sado.

 

 

A próxima campanha está prevista para 19 de Fevereiro e o objectivo será limpar o cais palafítico da Carrasqueira com a comunidade de pescadores locais, contando com a parceria da Associação de Pescadores da Carrasqueira.

A Campanha “Mariscar SEM Lixo” começou em Março de 2016, na Sexta-feira Santa, por tradição o grande pico anual de afluência de mariscadores no estuário, sítio da Rede Natura 2000 e casa da única população de golfinhos residente no nosso país. O grande objectivo da campanha é retirar o lixo marinho do Estuário do Sado, envolvendo a sociedade, e acabar com o mau hábito dos mariscadores do lingueirão e do casulo em deixar as embalagens de sal na maré.

Com o tempo, estas embalagens vão-se deteriorar e transformar-se em pequenas partículas de plástico que acumulam poluentes tóxicos e que acabam por ser ingeridas por peixes, mariscos e golfinhos. Estas partículas – que vão persistir durante décadas ou séculos – “poderão ferir, asfixiar, causar úlceras ou a morte de animais marinhos”, salienta a Ocean Alive. Além disso, “parte das embalagens vem dar às praias de Setúbal, Tróia e Arrábida, constituindo também um risco para a saúde pública”.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Saiba mais sobre a Campanha e o que pode fazer para ajudar.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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