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Vespa crabro. Foto: Ken Thomas.us/Wiki Commons

Cinco ajudas para distinguir a vespa asiática da vespa europeia

11.09.2019

Das vespas portuguesas, a vespa europeia (Vespa crabro) é a que mais se parece com a exótica invasora vespa asiática (Vespa velutina). Na presença de uma vespa, saiba o que observar para as distinguir.

Tamanho: no geral, a vespa asiática é mais pequena do que a vespa europeia. A vespa asiática tem entre 2,5 e 3 centímetros de comprimento (as vespas fundadoras desta espécie podem ser maiores, tendo entre 3 e 3,5 centímetros). Já a vespa europeia mede entre 3 e 3,5 centímetros (as vespas fundadoras desta espécie são ainda maiores, podendo chegar aos 4 centímetros de comprimento).

Cor da cabeça: a vespa asiática tem a cabeça negra e a face alaranjada. A vespa europeia tem a cabeça amarelada ou vermelho ferrugem.

Cor do tórax: a vespa asiática tem o tórax negro. A vespa europeia tem o tórax mais claro, vermelho ferrugem.

Cor do abdómen: a vespa asiática tem grande parte do abdómen negro, com o quarto segmento alaranjado e listas finas alaranjadas nos outros. A vespa europeia tem só metade do abdómen negro e é predominantemente amarelo (em particular os últimos quatro segmentos).

Cor das patas: a vespa asiática tem as patas pretas na metade superior e amarelas na parte inferior. A vespa europeia tem as patas mais acastanhadas e mais claras na extremidade inferior.

Aqui ficam cinco vespas que os leitores da Wilder encontraram na última semana um pouco por todo o país e que enviaram para o “Que Espécie é Esta?”. Albano Soares, da Rede de Estações da Biodiversidade e do Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, fez a identificação.

Vespa asiática observada por Adérito Valentim a 8 de Setembro em Montemor-o-Velho
Vespa asiática observada por Bruno Areal a 11 de Setembro no Porto
Vespa asiática observada por Joaquim Loureiro a 5 de Setembro em Condeixa-a-Nova
Vespa europeia observada por Ana Cristina Sousa a 5 de Setembro em Lousada
Vespa europeia observada por Luís Reis a 10 de Setembro em Arganil

Recorde as outras vespas já identificadas no “Que Espécie é Esta?”: aqui a vespa-crabro, aqui a vespa-mamute (também autóctone de Portugal e que, pelo seu tamanho, pode ser confundida) e aqui a vespa asiática.


Saiba mais.

Há vespas portuguesas que estão a ser confundidas com a vespa asiática. E isso não é bom. Saiba mais aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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