Os correspondentes da Wilder João e Afonso Petronilho, pai e filho com uma paixão especial pela descoberta do mundo natural, viram durante um passeio como um tordo prepara o alimento para as suas crias no ninho.
Ao som do canto das aves e do sussurrar do vento nas folhas das árvores, descalços, sentindo os grãos de areia moverem-se sob os nossos pés, íamos explorando o velho trilho junto à Vala da Cana, fazendo pequenas paragens ali e acolá, para saborear as amoras e as camarinhas que a natureza nos oferecia.
Num desses momentos, a menos de vinte metros de distância, um tordo-pinto (Turdus philomelos) segurando um caracol pelo rebordo da casca com o bico, ia batendo com ela contra uma pedra. Esta servia-lhe de bigorna, na tentativa de a quebrar e poder retirar a suculenta presa do seu interior.
Após o ter conseguido, o tordo esfregou várias vezes o corpo do molusco na superfície de um tronco ali caído, para conseguir limpar o muco que o envolvia.
Depois, levantou a cabeça, olhou para nós, abriu as asas e levantou voo em sentido contrário, desaparecendo rapidamente no interior da mata.
Algures, num ramo de um arbusto ou de uma árvore, as suas crias esfomeadas aguardavam impacientemente a bicada nutritiva que o progenitor lhes levava.
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O João e o Afonso desafiam-no a encontrar 15 tesouros naturalistas na praia.
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