Cerca de duas dezenas de pessoas participaram no Bioblitz de Braga, que aconteceu a 26 de Setembro no parque do Santuário do Bom Jesus, e aprenderam a reconhecer algumas plantas e ainda várias espécies de aves e de anfíbios.
Trepadeira-azul, chapim-preto, picapau-verde, estorninho ou andorinha-das-rochas foram algumas das 12 aves identificadas durante este bioblitz organizado pela Câmara Municipal de Braga, com o apoio do Laboratório da Paisagem de Guimarães.
Já o sapo-comum, o sapo-corredor e ainda o tritão-marmorado foram os anfíbios registados durante esta acção de ciência cidadã, onde participaram pessoas de várias idades, incluindo crianças com mais de 6 anos, e que se prolongou cerca de duas horas ao final da tarde.
“Creio que muitos dos participantes ficaram com uma noção bem interessante das espécies que muitas vazes nos passam despercebidas”, afirmou à Wilder o director executivo do Laboratório da Paisagem, Carlos Ribeiro.
“Num próximo momento em que cada um passe pelo local, vai ter uma atenção redobrada ao comportamento de cada uma destas espécies, ao canto de cada uma das aves, à imponência e importância de cada uma das árvores”, acrescentou.
No que respeita à vegetação do local, quem participou nesta acção ouviu explicações mais detalhadas apenas sobre algumas espécies – sequóia, carvalho-alvarinho, teixo e cipreste – “atendendo ao facto de a iniciativa ter um tempo reduzido”.
Alguns morcegos foram também avistados, mas “carecem de uma identificação posterior.”
O objectivo desta iniciativa, para além de “inventariar a biodiversidade no concelho de Braga”, era também “sensibilizar os cidadãos para a importância da preservação da mesma”, explicou por sua vez Cristina Costa, do Gabinete de Ambiente da autarquia.
O responsável do Laboratório da Paisagem acredita que isso foi conseguido: “O mais importante neste tipo de acções é o conhecimento partilhado entre os especialistas e os participantes. Nesse aspecto, pelo ‘feedback’ que tivemos, sabemos que superou as expectativas, possibilitando um excelente momento de conhecimento para todos e de promoção da biodiversidade”.
Ainda sem planos em cima da mesa para a repetição de um bioblitz no mesmo local, Carlos Ribeiro sublinhou que é “importante que este tipo de iniciativas possam ter continuidade”, uma vez que “representam uma maior consciencialização da população para a riqueza da nossa biodiversidade.”
[divider type=”thin”]Saiba mais.
Fique a conhecer melhor, aqui, as espécies que foram registadas durante este bioblitz.