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Obama entrevista Sir David Attenborough na Casa Branca

26.06.2015

Em Maio, o Presidente dos Estados Unidos entrevistou um dos mais conhecidos naturalistas do mundo, o britânico Sir David Attenborough, na Casa Branca. Este aproveitou para perguntar a Obama por que não se compromete mais na luta contra as alterações climáticas.

 

Na entrevista, que vai para o ar neste domingo na BBC, foi Barack Obama quem fez as perguntas ao famoso naturalista, hoje com 89 anos. “Há muito tempo que sou um grande admirador do seu trabalho… tem sido um excelente educador e um grande naturalista”, disse o Presidente norte-americano, citado pelo jornal The Guardian. Obama cresceu a ver os programas do naturalista britânico, acrescentou.

Mas as questões mais difíceis foram mesmo colocadas por Sir David, quando este perguntou a Obama por que não se empenha tanto em combater as alterações climáticas da mesma maneira que Presidentes anteriores se empenharam em levar o Homem à Lua. Obama respondeu: “Todos os ecossistemas estão ligados. Se só um país estiver a fazer aquilo que é o correcto mas os outros países não, então não vamos conseguir resolver o problema. Temos de conseguir uma solução global.”

Sir David disse ter sido apanhado de surpresa com o convite para ir à Casa Branca, pela primeira vez. Achou Obama “amigável” e “genuíno”. A conversa fluiu em redor da carreira de Attenborough (que gravou o seu primeiro programa de História Natural para a BBC em 1954), da paixão de ambos quanto ao mundo natural e das formas de o proteger, da recente viagem de Attenborough à Grande Barreira de Coral (na Austrália) e de temas como as alterações climáticas e as energias renováveis.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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