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Novos cães da GNR treinam para detectar venenos

28.10.2015

Pela primeira vez em Portugal, estão a ser constituídas equipas cinotécnicas de militares e cães da GNR, que estão a receber formação e treino para a detecção de venenos.

Os cães são três pastores alemães e quatro pastores belgas ‘mallinois’ e chegaram vindos da Holanda em Agosto, estando desde então em fase de treinos.

Esta nova medida tem como objectivo acabar com o uso de venenos na natureza e insere-se no projecto LIFE Imperial, coordenado pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e dirigido à conservação da águia-imperial, no âmbito do qual a GNR é uma das entidades parceiras.

Piko, Xico, Yelo, Sam, Molly, Suzi e Gin, como se chamam os novos cães da GNR, vão em breve “reforçar o contingente dedicado à luta contra o uso de venenos”, indicou hoje a LPN.

O treino dos cães e a formação dos militares estão a realizar-se nos arredores de Lisboa, em Queluz, nas instalações do Grupo de Intervenção Cinotécnico (GIC) da GNR.

Quando terminar esta fase, prevê-se que a criação de uma equipa de supervisão e coordenação e de três equipas cinotécnicas, que vão operar nos comandos territoriais de Castelo Branco, Évora e Beja.

“Os cães apresentam excelentes características para a função que irão desempenhar, estando a responder muito positivamente ao plano de treino. São animais fortes e com potencial para a realização de buscas que já estão a utilizar o faro na busca e a ladrar ao alvo”, indicou o capitão Brito, que pertence ao GIC.

Não existem dados precisos sobre o uso de veneno na natureza em Portugal, mas sabe-se que são uma das ameaças à conservação da águia-imperial-ibérica.

“Regularmente surgem casos de envenenamento que indiciam o uso recorrente e territorialmente alargado desta prática ilegal muito lesiva à biodiversidade, ao ambiente e à saúde humana”, nota a LPN.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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