Na terça-feira, Segolene Royal apelou aos cidadãos para deixarem de comprar o creme de chocolate e avelãs Nutella porque, ao ser feito com óleo de palma, contribui para a desflorestação.
“Temos de replantar muitas árvores porque há uma desflorestação massiva que está a levar ao aquecimento global”, disse Royal numa entrevista à televisão francesa Canal+, ao promover a próxima COP 21 (Conferência das Partes) da Convenção para as Alterações Climáticas, a realizar em Dezembro em Paris.
“Devíamos deixar de comer Nutella, por exemplo, porque é feita com óleo de palma que está a substituir as florestas”, acrescentou a ministra, citou o jornal francês Le Figaro.
Royal disse também que a Nutella devia “passar a utilizar outras matérias primas”.
Ferrero, a empresa chocolateira italiana dona da Nutella, reconhece que o seu produto é composto por 20% de óleo de palma. A empresa obtém quase 80% do seu óleo de palma da Malásia, segundo a agência de notícias francesa AFP; o restante vem do Brasil, Indonésia e Papua Nova Guiné.
Horas depois dos seus comentários, a ministra francesa veio a público pedir desculpas pela polémica causada. E de facto, as suas palavras não caíram bem em Itália. O ministro do Ambiente italiano, Luca Galletti, disse-lhe para deixar os produtos italianos em paz.