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Lince dos Balcãs classificado como Criticamente em Perigo de extinção

27.11.2015

O lince dos Balcãs (Lynx lynx balcanicus), uma subespécie do lince euroasiático, vai juntar-se à ‘lista vermelha’ da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN), onde fica classificado como estando Criticamente em Perigo de extinção.

“Durante os últimos 10 anos, através do Programa de Recuperação do Lince dos Balcãs, recolhemos dados suficientes para analisar o estatuto do lince de acordo com os critérios da UICN  e percebemos que o seu estatuto é de Criticamente em Perigo”, referiu Dime Melovsky, gestor do programa e dirigente da MES, organização parceira da Birdlife na Macedónia, citado por esta associação internacional.

Estima-se que o lince dos Balcãs tenha neste momento uma população de 19 a 36 adultos, sendo que o único território de reprodução confirmado se localiza no Parque Nacional de Mavrovo, na Macedónia, indicou ainda Melovsky.

As principais ameaças incluem a caça e matança ilegais, o declínio das populações de presas e a perda e fragmentação dos habitats, refere a Birdlife em comunicado, alertando para o facto de não existirem indivíduos desta espécie em cativeiro. Ou seja, “se o estatuto for agravado acima de Criticamente em Perigo, isso significa a extinção definitiva” do lince dos Balcãs.

O Programa para a Recuperação do Lince dos Balcãs está a ser desenvolvido por várias organizações e voluntários da região dos Balcãs (Macedónia, Montenegro, Alkbânia, Kosovo), tal como por outras organizações na Alemanha, Suíça e Noruega. É financiado pela fundação suíça MAVA.

Um dos principais objectivos é o estabelecimento de várias áreas seguras para o lince e uma melhor gestão das áreas protegidas, que se situam ao longo das fronteiras da Albânia, Montenegro, Macedónia e Kosovo.

Já foram proclamados novos parques nacionais na Albânia e Kosovo, impulsionados pelo programa, relata ainda a Birdlife.

 

 

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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